Entre os dias 19 e 22 de junho de 2023, o professor Adilson de Paula Almeida Aguiar retornou ao município de Jaborandi, no Sudoeste da Bahia, dando continuidade ao seu trabalho de rotina no projeto da Fazenda Leite Verde. Há mais de duas décadas, o professor tem assessorado esse projeto, que conta com a participação de um grupo de produtores e investidores da Nova Zelândia, além de sócios brasileiros.
Segundo informações do professor Adilson Aguiar, a Fazenda Leite Verde foi adquirida no final de 2002. Em 2003, o rebanho começou com 75 novilhas prenhes e 9 vacas, em uma área de pastagem de 27 hectares. No final de 2022, o rebanho cresceu para 6.679 animais (um aumento de 79,5 vezes em comparação com 2003), ocupando uma área de pastagem de 616 hectares (um aumento de 22,8 vezes em relação a 2003). A primeira ordenha ocorreu em 2004, quando havia 132 vacas em lactação. A produção diária de leite foi de 964 litros, com uma média de 7,3 litros por vaca por dia. Em janeiro de 2004, ocorreu a primeira venda de leite para o mercado, totalizando 800 litros por dia.
No último trimestre de 2022, o número médio de vacas ordenhadas atingiu 2.265 (um aumento de 17,16 vezes em relação a 2004). O volume médio diário de leite foi de 34.806 litros (um aumento de 36,1 vezes em relação a 2004), com uma produtividade média de 15,4 litros por vaca por dia (um aumento de 2,11 vezes em comparação com 2004).
Considerando a última década, de 2012 a 2022, a produtividade por vaca aumentou de 11,83 para 15,4 litros por dia (um aumento de 30%). O volume total anual de leite aumentou de 5 milhões e 944 mil litros para 9 milhões e 672 mil litros/ano (um aumento de 63%).
Em 2022, a produtividade da terra explorada com vacas em lactação foi de 30.607 l/ha/ano nos pivôs de ordenha. Já a produtividade média da terra considerando todas as categorias do rebanho foi de 15.701 litros/ha/ano, sendo os pivôs ocupados por vacas em lactação, vacas secas, novilhas e bezerras. A taxa média de lotação foi de 10,8 cabeças por hectare e 7,4 Unidades Animais (UA) por hectare.
No que diz respeito à qualidade do leite, os indicadores médios em 2022 foram os seguintes: teor de gordura de 4,2%, teor de proteína de 3,6%, contagem de células somáticas (CCS) de 356 mil e contagem bacteriana total (CBT) de 10,3 mil.
Além da Fazenda Leite Verde, o Grupo Leite Verde é detentor das marcas Leitíssimo e Delicari. Desde 2010, a indústria Leitíssimo está instalada na própria Fazenda Leite Verde, produzindo leites integrais, desnatados e sem lactose, além de creme de leite e iogurte. A indústria Delicari foi iniciada em 2012 e atualmente está localizada em Jundiaí, no estado de São Paulo, sendo responsável pela produção de iogurtes, picolés e sorvetes com base no leite Leitíssimo Integral. Em 2022, essas empresas receberam em média 61.000 litros de leite diariamente, totalizando 22 milhões de litros ao ano. "A Fazenda Leite Verde contribuiu com 57% dessa produção, enquanto os outros 43% foram provenientes de dois parceiros neozelandeses que possuem fazendas próximas à indústria Leitíssimo. Essas parcerias foram estabelecidas em 2011, quando a Fazenda Leite Verde começou a alugar vacas para esses parceiros", reforça Adilson Aguiar.
Como consultor do projeto da Fazenda Leite Verde, o professor Adilson Aguiar tem desempenhado um papel fundamental orientando no manejo da pastagem, na suplementação do rebanho e na gestão dos indicadores técnicos e econômicos, além dos treinamentos ministrados pelo professor para os membros das equipes da fazenda nessas diversas áreas. Como acionista e diretor, ele também participa do planejamento de longo, médio e curto prazo, bem como dos orçamentos técnico e financeiro.
A Fazenda Leite Verde é gerenciada pelo zootecnista Juliano Alves Almeida, que reside na fazenda e ocupa o cargo de gerente desde 2009. Já o CEO da empresa Leite Verde, pertencente ao Grupo Leitíssimo, é o neozelandês Simon Wallace.
Yorumlar